Não tem jeito. Os resorts brasileiros estão em crise e a única saída para manutenção dos empreendimentos é a realização de eventos. A avaliação é do presidente da Resorts Brasil, Rubens Régis. Durante sua participação na BIT, em Milão, ele conversou com o M&E sobre sua posição (que vem causando um pouco de polêmica) a respeito da situação atual desse segmento.
"Os resorts que vivem do turismo de lazer estão realmente mal. A queda do dólar e o alto custo do Brasil são fatores muito fortes nesse momento. Redes como Sofitel, Marriott, Atlântica, entre outras, já venderam seus resorts. Só está se salvando quem aposta na realização de eventos, caso do Costão do Santinho e do Ibero, por exemplo", justificou.
Rubens Régis apresentou números que comprovam sua avaliação. Um estudo da Accor mostra que um resort para dar lucro precisa ter uma taxa de ocupação média de 55%. Em 2010, essa taxa média no Brasil foi de 49%. "Os brasileiros estão optando em viajar para o exterior", explica.
E como seria possível baixar os custos para atrair o mercado doméstico? "Isso não é fácil. A receita dos resorts funciona da seguinte maneira: 1/3 é a folha de pagamento, 1/3 são as tarifas controladas e os outros 1/3 o restante. Ou você corta em serviços ou corta na gastronomia. Existem alguns resorts fazendo isso".
Apesar do trágico cenário atual, o futuro pode ser melhor. "A médio e longo prazo devemos ter uma mudança. Existem novos consumidores entrando no mercado e com desejos diferentes. Uma pesquisa recente revelou que o principal desejo desse novo consumidor deixou de ser Porto Seguro e passou a ser o cruzeiro marítimo. É possível inserir os resorts nesse contexto", espera Rubens.
Ele cita a situação da cidade de São Paulo. "Há 10 anos São Paulo passava por uma crise. Hoje a situação e totalmente diferente. Se nossa economia se mantiver forte, com o mercado crescendo e consumindo, os resorts podem se tornar o sonho desses novos consumidores", estima.
Resorts Brasil – O mandato de Rubens Régis a frente da entidade termina nesse ano de 2011. De acordo com ele, é hora de pensar numa chapa de substituição. "Gostaria que o Antônio Dias, do Royal, entrasse em meu lugar, mas isso não vai ser possível. Posso até emendar mais um mandato, mas defendo que toda a instituição precisa de renovação, de novas idéias, outros pensamentos", conclui.
fonte:http://www.mercadoeeventos.com.br/script/FdgDestaqueTemplate.asp?pStrResolucao=1280&pStrLink=3,540,0,69175&IndSeguro=0
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