Foi destaque na noite de ontem (15/10), no SBT Brasil, matéria da
repórter Nádia Rodriges, da TV Cidade Verde, sobre a descoberta de um
tesouro, no município de São Lourenço do Piauí, distante 550 km da
capital Teresina, numa área de 800 metros quadrados e dois metros de
profundidade, onde estão centenas de ossos de animais gigantes com
datação que varia de 20 mil a 30 mil anos.
VEJA MATÉRIA NA ÍNTEGRA
O dia está começando no município de São Lourenço do Piauí,
distante 550 km de Teresina, aqui acontece um dos maiores resgates da
megafauna do Brasil, tudo coordenado pela fundação Museu do Homem
Americano.
A arqueóloga Niède Guidon, uma das mais respeitadas do país,
preside a fundação há mais de 30 anos. Ela faz questão de vistoriar o
trabalho todos os dias, eles abrigam uma área de 800 metros quadrados,
com cerca de dois metros de profundidade. Sedimentados, no fundo, estão
centenas de ossos de animais gigantes, com datações que variam entre 20
mil e 30 mil anos.
Os pesquisadores têm algumas teorias para explicar a presença de
tantos fósseis em um único lugar. Uma delas é de que os animais
percorriam longas distâncias, fugindo da seca, à procura de água e, ao
chegar às margens da lagoa, já debilitados, eram tragados pela lama. A
outra é de que eles podem ter morrido em outro local e tiveram seus
ossos arrastados pelas águas da chuva até São Lourenço do Piauí.
“Aqui nós estamos pensando é que ouve uma enchente súbita e que
levou todos esses animais para essa parte mais funda e eles morreram
ali”, disse a arqueóloga Niède Guidon.
Arqueólogos e técnicos fazem um delicado trabalho de escavação
removendo os sedimentos, tudo com muito cuidado para não danificar as
peças. A retirada é outro desafio. Envolvem os ossos com plástico, em
seguida com bandagens de gesso, depois colocam o material sobre tábuas e
fixam tudo com argila e fita adesiva.
A comunidade de São Lourenço do Piauí se envolve no trabalho, mas
não tem ideia de como eram esses animais pré-históricos: “A gente não
conhecia esses animais”, disse
dos trabalhadores. Do campo, o
material segue para o laboratório.
O cuidado com o transporte é extremo.
A equipe de paleontologia começa então a fase de estudo. Os ossos são
de animais gigantes, como mastodontes que lembram os elefantes,
rinocerontes, veados, preguiças e tatus gigantes.
Eles teriam desaparecido entre 10 e 12 mil anos: “Nós conseguimos
reconstruir como que era o Piauí e essa região do sertão no Nordeste,
com base nos achados“, disse o paleontólogo Rafael Casati.
fonte: www.180graus.com
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