A Iata anunciou hoje que prevê ter concluído este ano o trabalho de
definição de novos padrões para a distribuição e comercialização dos
voos, com os quais já será possível que a venda não se limite a
disponibilizar classes de tarifas, mas também permita ofertas
personalizadas com base na disponibilidade e nas necessidades e
preferências dos clientes. A Iata está chamando o projeto de New
Distribution Capability (NDC) e já em outubro, durante o World Passenger
Symposium, em Abu Dhabi, pretende apresentar os novos parâmetros
propostos.
“Estou confiante que os GDS se juntarão como parceiros
porque o progresso não pode esperar”, acrescentou o diretor-geral e CEO
da Iata, Tony Tyler, que ao introduzir o tema dos novos standards
começou por reconhecer que as agências de viagens são responsáveis em
nível mundial por 60% dos bilhetes vendidos.
A questão,
argumentou Tony Tyler, é que os sistemas em vigor datam de há quatro
décadas. Até então com a tecnologia mais avançada, esses sistemas
permitiram expandir horizontes à distribuição. Mas na atualidade a
tecnologia de ponta são os standards XML e os interfaces “amigáveis” dos
utilizadores e as companhias aéreas estão ficando para trás “porque os
GDS, que se baseiam em sistemas operativos que datam dos [anos] 1970,
não têm sido capazes de facilitar a inovação como temos visto em outras
indústrias”, argumentou.
Tony Tyler defendeu ainda que com os
sistemas atuais, os investimentos de vários milhões de dólares que as
companhias aéreas têm feito em produto não conseguem “libertar-se das
descrições limitadas a classes de reservas como F, C ou Y e seus
derivados”.
Foi este o quadro traçado pelo diretor-geral e CEO
da Iata para anunciar que a associação está trabalhando “em novos
standards de distribuição que permitirão às companhias a diferenciação
de produtos”.
CINCO HUBS PARA O BSP
Outras
das novidades saídas da Assembleia Geral da Iata reunida em Pequim até
amanhã diz respeito a uma reestruturação dos seus serviços de
consolidação, entre os quais o BSP, que em 2011 registraram um volume de
operações no valor de US$ 282 bilhões, com 99,97% de rigor em nível do
BSP (transacões com bilhetes de passageiros) e de 99,99% no CASS
(transações com transporte de carga)
A Iata anunciou que vai
aprofundar uma estratégia de regionalização, com a consolidação de todas
as suas atividades neste domínio em cinco “hubs”, em Amã, Pequim,
Madri, Miami e Cingapura.
A Iata indicou que pretende reduzir
até 2017 os custos por operação do BSP em 23% face a 2010, mas que o seu
primeiro objetivo da estratégia de regionalização é a “modernização do
controle” e não a redução de custos.
Ainda assim, outra das
referências é a redução do número de escritórios, de 59 atualmente para
45, que servirão 229 países e territórios.
“O processo de
regionalização fortalecerá os nossos sistemas financeiros. E como o
trabalho de back-office minimizado, os nossos escritórios locais terão
um papel mais ampliado”, destacou Tyler, que apontou como objetivos
futuros dos escritórios o desenvolvimento local de campanhas globais e
aproximar o leque de recursos da associação dos seus membros.
fonte: www.panrotas.com.br
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