sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pluna suspende voos no Brasil; atendimento ao cliente não funciona


A companhia aérea uruguaia Pluna suspendeu todos os seus voos a partir desta sexta-feira (6), após decisão do governo de fechar a empresa, afetada por problemas financeiros. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou que a empresa ofereça assistência integral aos passageiros afetados. Porém, o consumidor pode encontrar dificuldades para entrar em contato com a companhia aérea. 
A Pluna operava 15 rotas no Brasil, conectando as cidades de Montevidéu, Santiago do Chile e Punta Del Este a São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Foz do Iguaçu. 
A reportagem do UOL tentou entrar em contato com a empresa por meio do telefone disponível para clientes no Brasil (0xx11 3711-9158), mas não conseguiu. Na maioria das tentativas, o telefonema fica mudo. As opções oferecidas são as antigas ("Para compra de passagem, digite 1. Para trocar a sua reserva, digite 2", por exemplo), mas a ligação fica muda ou cai antes que seja possível falar com alguém da empresa aérea.
Procurada, a assessoria de imprensa da Pluna não deu retorno até a publicação desta matéria. A Anac afirmou que o consumidor deve tentar entrar em contato com a empresa e, caso se sinta lesado de alguma forma, pode procurar a Justiça.
A Anac estabeleceu também a suspensão da venda de bilhetes aéreos, a prestação de informações sobre bilhetes vendidos e a emissão de relatórios sobre todos os atendimentos realizados pela empresa aos passageiros prejudicados pelo fim das atividades.

Pluna operava no Brasil desde 1949


A Pluna, que operava voos no Brasil desde 1949, utilizava aeronaves Bombardier CRJ-900, com capacidade para 90 passageiros.
O Estado uruguaio é o único administrador da Pluna desde meados de junho, quando o fundo de investimento que detinha 75% da companhia abandonou sua participação após se negar a capitalizá-la. Uma agência estatal controlava a fatia de 25% restante. 
A decisão de fechar a companhia aérea ocorreu depois que o governo não conseguiu encontrar novos investidores para substituir o fundo de investimento Leadgate, que deixou a empresa.

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