Beting, da Azul: voos menos rentáveis vão operar com aviões menores e terão horários modificados.
A companhia aérea, que vai completar cinco anos de atuação no mercado, espera chegar à lucratividade neste ano. E deve alcançar a meta em grande estilo: vai operar em até 100 cidades com uma frota de 120 aviões, consolidando-se como a terceira força do mercado nacional, com 15% de participação. A formação de uma malha extensa, operada por uma numerosa frota, foi o principal fator para que a companhia de David Neeleman demorasse mais tempo para alcançar o “breakeven” do que a vice-líder de mercado Gol, que hoje tem 33,9% de participação no Brasil.
A companhia aérea da família Constantino alcançou o lado positivo de seu balanço em 2004, apenas três anos após o início de suas operações e num tempo considerado bastante curto pelos especialistas. Um dos principais trunfos da companhia foi a frota enxuta, na época do breakeven, com 27 aviões. A operação enxuta com custos baixos, também contribuíram para, em 2004, a companhia registrar lucro de R$ 384,7 milhões e faturamento de R$ 625 milhões.
É bem verdade que de lá para cá, o perfil do mercado mudou bastante: a demanda por voos cresceu a taxas chinesas.
Para a Azul finalmente atingir a lucratividade, segundo fontes do mercado, a empresa estaria preparando o enxugamento da malha de rotas regionais. O diretor de marketing e produto da companhia, Gianfranco Beting, nega corte de rotas, afirmando apenas que a empresa passa por um processo de adequação de suas malhas. O movimento ficou mais intenso com a fusão com Trip, maior companhia regional do país, em maio do ano passado.
Ajustes
“Estamos eliminando as sobreposições de rotas. Além disso, existem voos mais rentáveis e aqueles com rentabilidade baixa terão mudanças em seus horários e operaremos com aviões menores. Mas, não estamos abandonando mercados”, disse o executivo.
Beting disse que em fevereiro, por exemplo, a companhia vai passar a voar de São Paulo, do aeroporto de Guarulhos, para Pelotas, no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a Azul está adequando os seu plano de frota para este ano para atender à demanda crescente no mercado brasileiro.
A estimativa é que o volume de passageiros transportados em 2013 pela empresa deverá crescer cerca de 8%.
“A nossa frota será maior do que começamos o ano, mas será adequada de acordo com a necessidade. É um exercício constante que fazemos. Com a Trip, agora estamos afinando a orquestra”, ressaltou Beting.
Todo o movimento da Azul é com somente um objetivo: sair do vermelho. “Existem algumas variáveis importantes, principalmente combustíveis, mas acredito que conseguiremos ter lucro ao final de 2013. É para isso que estamos trabalhando”, disse o diretor da Azul que, com um currículo no setor de aviação, foi um dos executivos que participou da fundação da companhia em 2008.
Fonte: IG / Brasil Econômico
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