terça-feira, 15 de outubro de 2013

Primeira edição do Recife Blues & Jazz Festival homenageia Cazuza e Dominguinhos

Com a proposta de reavivar as noites do Recife Antigo, trazendo ao público local as raízes da música negra, a 1ª edição do Recife Blues & Jazz Festival aquece a Praça do Arsenal, nos dias 19 e 20 de outubro. O coordenador do projeto Tito Lívio Saraiva convidou o produtor musical Giovanni Papaleo para fazer a curadoria do evento, selecionando artistas nacionais e internacionais, além de músicos da terra, com intuito de valorizar os artistas locais. Entre os destaques do Festival, homenagem a dois ídolos do país: Cazuza e Dominguinhos. Ambos terão suas músicas tocadas em ritmo de Blues.

O projeto levará para a Praça do Arsenal artistas como os americanos Kenny Brown, Atiba Taylor e Sax Gordon, as bandas Beale Street (RJ), Igor Prado Band (SP) e as locais Uptown Band, Santiago Blues Trio, e Arthur Philippe & Quintessence. A programação ainda conta ainda com George Israel (Kid Abelha), Rodrigo Santos (Barão Vermelho), a paulista Nathalie Alvim e os pernambucanos Rodrigo Morcego, Josildo Sá, Cezzinha e Spok.

O Recife Blues & Jazz Festival levará atrações diferenciadas e de bom gosto ao público. No sábado (19), primeira noite do evento, a abertura será às 17h com participação da Santiago Blues Trio & Rodrigo Morcego. Alexandre Santiago, líder do Power Trio, é carioca, radicado no Recife e Guitar Man há 15 anos na estrada do blues. Ele sobe ao palco com Atilla Argay na bateria e Rogério Victor no baixo. Rodrigo Morcego, amigo de longas datas de Santiago, exímio guitarrista de blues recifense, que acaba de lançar seu primeiro CD solo “Café Preto Jornal Velho”, junto com Santiago promete um grande show.

Logo em seguida, a partir das 18h30, quem se apresenta é o Power Trio Beale Street, banda autoral de blues carioca que nasceu no final dos anos 90, formada pelo guitarrista e vocalista Ivan Mariz, no baixo, segunda voz de Cesar Lago, e na bateria Beto Werther, que também é vocalista. A Beale Street (o nome da banda é uma homenagem à boêmia Rua em Memphis –Tennessee - onde o blues deixou de ser acústico para ser elétrico e também está presente na maior parte da literatura sobre o gênero) também faz releituras de clássicos do blues e do rock rural dos anos 60 e 70.

Dando continuidade à noite, o palco será comandado, às 20h30, pelo americano Kenny Brown acompanhado pela pernambucana Uptown Band. Kenny começou a tocar guitarra aos 14 anos, e aos 18 já tinha aberto o show de Tina Turner, em Nova Orleans. Guitarrista e cantor, com influências do jazz, do blues e do soul, ele é dono de uma das vozes mais firmes e bonitas do gênero.  Kenny faz o público entrar na música, interage com a plateia e dá um clima de descontração em seus shows. Para ele, a definição de seu estilo musical é “uma mistura de blues com pitada e funk e soul, como as próprias raízes pedem”.

A Uptown, banda local renomada no Brasil inteiro por manter vivo o bues tradicional no Nordeste, está há 16 anos no mercado e já se apresentou com artistas como André Matos (Angra), Andreas Kisser (Sepultura), Magic Slim (EUA), Mud Morgan Field (USA) filho do lendário Muddy Watters, Phil Guy (USA) irmão de Bud Guy, Deacon Jones (USA), Celso Blues Boy, Blues Etílicos, entre outros.

Para fechar a primeira noite em grande estilo, o público confere toda a performance dos roqueiros Geoge Israel (saxofonista do Kid Abelha), seu filho Frederico Israel, e Rodrigo Santos (baixista do Barão Vermelho). Juntos, eles prestarão homenagem ao blues do cantor e poeta Cazuza. Rodrigo, líder do grupo, é cantor, compositor, violonista, baixista e intérprete, conhecido também por manter carreira paralela ao Barão Vermelho e se consagrar na música brasileira com o ritmo do blues.

Segundo Tito Lívio, a opção pela dupla carioca (George e Rodrigo) é fundada no potencial deles e principalmente pelo sucesso que fazem por onde se apresentam com o show dedicado a Cazuza. “Eles já se apresentaram com a Uptown Band, ambos tocando músicas autorais voltados para o Blues. O Power Trio é de altíssimo nível, com certeza será um dos pontos fortes do festival”. De acordo com Papaleo, apesar de Cazuza ter sido um roqueiro, ele foi um dos maiores divulgadores do Blues no Brasil, pois “suas composições valorizavam muito o gênero”.

No domingo (20), segundo e último dia do Recife Blues & Jazz Festival, a abertura será também às 17h, com a banda recifense Arthur Philipe & Quintessence. Arthur é jornalista e trabalha na área musical desde 1999. Já foi considerado por uma revista local como o “único intérprete masculino de jazz de Pernambuco”. Em 2013, fundou a banda Quintessence e com ela interpreta e recria standards do jazz norte americano, da música internacional pop e da bossa nova.

Às 18h30 começa a segunda apresentação da noite, com a presença da diva paulista Nathalie Alvin dona de uma voz marcante. Aos 17 anos, ela conquistou seu primeiro prêmio como melhor intérprete e aos 20 de idade gravou seu primeiro álbum “Rockin´Soul“, fazendo releituras e versões de clássicos do rock para soul music. Acompanhando Natalie, a Uptown Band, com participação especial do americano Atiba Taylor.

Atiba é saxofonista, pianista e vocalista com estilo distinto. Iniciou a prática musical com saxofone e piano aos 15 anos. Profundamente conectado ao jazz desde suas raízes, Taylor procura cada vez mais investir no desenvolvimento e consolidação do jazz contemporâneo e diz “Eu quero criar uma música que alcance todos os segmentos da sociedade e que seja sentida e compreendida por toda e qualquer pessoa”.

Dando continuidade ao festival, a partir das 20h30, a terceira apresentação será de mais um americano, o saxofonista Sax Gordon, considerado um verdadeiro showman. Ele vai embalar a Praça do Arsenal com a paulista Igor Prado Band – que é a banda de blues nacional mais bem sucedida no exterior.

HOMENAGEM - Encerrando as festividades do projeto, Giovanni Papaleo convocou artistas locais para homenagear o mestre Dominguinhos. Das 22h30 às 0h, o público presente na Praça do Arsenal vai curtir Cezzinha, Josildo Sá e Spok tocando as músicas do ídolo sanfoneiro em ritmo de Blues. Segundo Giovanni Papaleo, “Dominguinhos será homenageado porque é um mestre que valorizava a música nordestina, além da instrumental, pois era um virtuoso no instrumento em que tocava”.

O Recife Blues & Jazz Festival, que tem apoio da Empetur, do Recife Convention & Visitors Bureau e da Secretaria de Turismo de Pernambuco, segue os modelos de outros festivais já conceituados pelo Brasil, como Rio das Ostras e Petrópolis, no Rio de Janeiro; Joinville, em Santa Catarina; Ibitiboca, em Minas Gerais; e Guaramiranga, no Ceará.

A intenção dos organizadores é colocar o Estado, que já tem o Garanhuns Jazz e o Jazz Porto, definitivamente na trilha das cidades que organizam projetos musicais que agregam cultura e turismo para as suas respectivas regiões. De acordo com Jackson Rocha Junior, produtor executivo do evento, se o projeto acontecer da forma que está sendo planejado, o Recife Blues & Jazz Festival entrará para o calendário anual de eventos da cidade, agregando cultura e principalmente devolvendo ao Recife Antigo projetos que alinham estilo e glamour, como acontecia no passado.

PROGRAMAÇÃO

Sábado 19.10

 ABERTURA:
 17h às 18h - Santiago Blues Trio & Rodrigo Morcego
 1º show
 18h30 às 20h – Beale Street (RJ)
 2º show
 20h30 às 22h – Kenny Brown (USA) & Uptown Band
 3º show
 22h30 às 24h – George Israel (RJ), saxofonista do Kid Abelha, & Rodrigo Santos (RJ), guitarrista do Barão Vermelho, tocando o blues de Cazuza.

Domingo 20.10
ABERTURA:
 17h às 18h – Arthur Philipe & Quintessence
 1º show
 18h30 às 20h – Atiba Taylor (USA), Nathalie Alvin (SP) & Uptown Band
 2º show
 20h30 às 22h – Sax Gordon (USA) & Igor Prado Band (SP)
 3º show 
 22h30 às 24h – Cezzinha, Josildo Sá & Spok, tocando Dominguinhos em ritmo de blues

ascom Sildelane

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