Porto Velho, Rondônia: Os passageiros que embarcam e desembarcam no aeroporto Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, nem percebem, mas o controle das decolagens e aterrissagem de todos os vôos operados no local, é feito de forma improvisada, de cima de um guindaste, exposto ao sol, a chuva e a todas as intempéries da natureza.
E o pior, é que essa "gambiarra" começou desde o início do ano passado, quando a Aeronáutica contratou uma empresa para executar os serviços de reforma da torre do aeroporto, cujo prazo para conclusão da obra, de acordo com edital, seria em dezembro do mesmo ano.
Conforme informações levantadas pela reportagem do Rondonoticias, o preço inicial do empreendimento estava orçado em R$ 3 milhões, mais tarde, a obra teve seu valor majorado em mais R$ 2 milhões e até hoje esse descalabro permanece inacabado.
A aeronáutica, então, teria feito um novo cronograma, mas tal reforma que teria de ser entregue em maio deste ano, outra vez, teve o prazo de conclusão ignorado pela empresa contratada e o tudo permanece envolto em silêncio.
Um piloto consultado por nossa reportagem e que pediu para não ter seu nome publicado, disse que os vôos não estão comprometidos porque a torre ainda que instalada em local improvisado, funciona, mas revelou que já ouviu de controladores de vôos, inúmeras reclamações quanto as acomodações e a exposição grosseira de como os serviços são realizados.
A assessoria de imprensa da FAB (Força Aérea Brasileira) foi procurada e disse que iria entrar em contato com os oficiais responsáveis pela obra, para posteriormente se manifestar.
Enquanto isso, aeronaves cruzam os céus de Rondônia sem que seus controladores tenham um espaço digno para trabalhar, pondo em risco a vida de passageiros e sob o olhar piedoso das autoridades fiscalizadoras.
Com a palavra o Ministério Público Federal!
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