
Campina Grande investiu em tecnologia para levar o título: quem for ao Parque do Povo, uma arena de 42,5 mil metros quadrados no centro da cidade cercada por câmeras de segurança, terá acesso gratuito a internet sem fio (Wi-Fi) e poderá receber no celular, de graça, a programação do dia seguinte. Os shows do palco principal serão transmitidos ao vivo pelo http://www.saojoaodecampina.pb.gov.br/.
E, se em toda quadrilha que se preze tem um casamento de mentirinha, Campina Grande promoverá um de verdade. Coletivo, vai unir oficialmente 120 casais. A cerimônia está marcada para a véspera do dia de Santo Antônio por um bom motivo: 12 de junho é o Dia dos Namorados.Atração consagrada na festa paraibana, o Trem do Forró funciona a partir de 5 de junho. Aos sábados e domingos, parte da Estação Velha para o Distrito de Galante. Trios animam o trajeto de uma hora e meia.
Nesta briga pelo título de Maior São João, Caruaru (http://www.caruaru.pe.gov.br/) aposta na tradição. O destaque deste ano será o Maior Baião do Mundo, um grande encontro musical na noite de São João, em 23 de junho. No palco principal, reúnem-se Zélia Duncan, Lenine, Paulinho Moska, Luiza Possi, Ortinho e Junio Barreto. A fidelidade às raízes será destacada em forma de homenagem a quatro personagens-símbolo da cidade: o poeta Rafael de Barros, os humoristas Ludugero e Otropi e o instrumentista Tavares da Gaita.
De acordo com a programação divulgada, há empate no tamanho das festas, que vão durar em torno de um mês. Em Caruaru, começa em 28 de maio e segue até 29 de junho. Em Campina Grande, vai de 4 de junho a 4 de julho. Só o futebol poderá mudar esse quadro, pois a programação paraibana terá sete dias a mais caso a seleção brasileira chegue à final da Copa do Mundo.

Bom para todos. Para integrar os megaeventos que as duas cidades oferecem, muitos precisaram se adaptar. As roupas das quadrilhas, por exemplo, ganharam brilhos e adereços para fazer melhor figura diante das câmeras de TV. Os grupos de forró passaram a usar efeitos de luzes e coreografias mais afinadas com o som da moda.
O que não muda, segundo alguns estudiosos, é o caráter popular da festa. “Os eventos são todos gratuitos e o povo participa”, explica o historiador pernambucano João Francisco Barbosa. Quanto à rivalidade, ele diz que a “brincadeira” é positiva para todos. “Fortalece a economia de toda a região.” É um excelente pretexto para visitar as duas cidades nordestinas e tirar isso à prova. E melhor: pela falta de uma opinião definitiva, ter de voltar no ano seguinte.
fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,a-rivalidade-vale-mais-que-o-primeiro-lugar,558023,0.htm
Ismailon Moraes
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