quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mercado hoteleiro deve manter panorama positivo após a Copa

O mercado hoteleiro de grande parte das cidades-sede da Copa de 2014 não irá sofrer com problemas de super oferta no pós-evento. Isso é o que apontam os resultados do estudo Placar da Hotelaria 2015, desenvolvido pela consultoria HVS Brasil em parceria com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). "Em quase todas as cidades-sede o número de quartos ofertados em 2015 será menor que a demanda desses mercados", afirmou Diogo Canteras, diretor da HVS Brasil, durante o debate Oferta Hoteleira para Mega Eventos, realizado nesta quarta (10/11), pelo Conselho de Turismo da Confederação Nacional de Comércio.

"Entre os anos de 2002 e 2005 muitas destas cidades sofreram com os efeitos da super oferta, fazendo com que as taxas de ocupação caíssem, gerando uma guerra de tarifas, queda das receitas e conseqüentes prejuízos operacionais. A partir deste ano, os mercados têm começado a se recuperar, com aumento das diárias médias e de taxas de ocupação", explicou Canteras ao falar sobre a importância deste tipo de levantamento para o setor hoteleiro.

O trabalho, que tem como ano base 2009, apresenta uma projeção da perspectiva de ocupação nas cidades-sede, a partir de uma análise que leva em consideração o aumento do PIB, tanto local quanto nacional, e o crescimento da demanda hoteleira. "O país está crescendo a um bom ritmo e de maneira sustentável, o que para o setor de hotelaria não poderia ser melhor". Além disso, as projeções são divididas entre os segmentos: Econômico, Midscale e Upscale.

De acordo com o estudo, o mercado carioca, que deve fechar o ano com taxa de ocupação média de 76%, terá em 2015 mais 2.430 unidades habitacionais (UHs), totalizando 21.843 UHs, com uma demanda de 18.612, fazendo com que a taxa de ocupação atinja 85%. Já São Paulo, uma das cidades que mais sofreu com a super oferta, não terá nenhum novo empreendimento hoteleiro até 2015, mantendo-se com 39.582 UHs, porém devido ao aumento da demanda a cidade deve atingir uma taxa de ocupação média de 84%. Em 2009, o valor foi 62%.

Apesar do panorama favorável para a maioria das cidades, Manaus e Belo Horizonte são as que correm mais risco de sofrer com o crescimento excessivo do setor. Em Manaus, por exemplo, o segmento Midscale terá queda de taxa de ocupação de 61% para 45% em 2015, devido ao aumento de UHs, que vão passar de 682 para 1.485. Belo Horizonte também pode sofrer o mesmo efeito devido aos incentivos fiscais concedidos aos novos empreendimentos hoteleiros construídos na capital mineira, que têm impulsionado o setor.

fonte:http://www.mercadoeeventos.com.br/script/FdgDestaqueTemplate.asp?pStrResolucao=1280&pStrLink=3,28,0,65683&IndSeguro=0

Ismailon Moraes

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