Em dezembro de 2010, foram transportados 2,14 bilhões de passageiros-quilômetros pagos (RPK) pelas empresas aéreas brasileiras, que atuam no mercado internacional, segundo o Snea, registrando um forte crescimento de 17,66% sobre o último mês de 2009 e dando continuidade aos excelentes resultados da demanda mensal verificados ao longo deste último ano.
O sindicato ressalta, principalmente, o comportamento da demanda mensal, que se manteve com taxa incremental de dois dígitos durante todo ano, com exceção apenas de abril, quando ocorreu a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, com a paralisação do tráfego aéreo na Europa, causando a interrupção por duas semanas dos voos internacionais com origem e destino no velho continente. Em particular, cabe notar os elevados percentuais na variação mensal sobre 2009, observados no segundo semestre (Julho: 28,1%; Agosto: 28,5%; Setembro: 26,97%; Outubro:17,74%; Novembro: 13,63%; Dezembro: 17,66%).
O sólido desempenho da demanda mensal no decorrer de 2010 levou as empresas brasileiras a alcançar o expressivo crescimento de 20,38% no total acumulado durante o ano, transportando cerca de 23,5 bilhões de RPK, que se constituiu no terceiro melhor resultado anual da última década, ficando abaixo apenas de 2004 (23,9 bilhões de RPK) e de 2005 (25,5 bilhões de RPK), antecedendo o processo de recuperação judicial da antiga Varig.
Em dezembro passado, a oferta das empresas brasileiras chegou a 2,77 bilhões de assentos quilômetros disponíveis (ASK) com variação de 12,5% na comparação com o mesmo mês de 2009, quando a capacidade de transporte ficou em 2,46 bilhões de ASK. Considerando a oferta total disponibilizada durante 2010, as empresas aéreas brasileiras colocaram no mercado internacional quase de 30,77 bilhões de ASK, representando uma taxa incremental de 9% com relação ao total do ano anterior.
De acordo com avaliação do Snea, deve ser destacado que o percentual de variação mensal na oferta das empresas brasileiras ficou abaixo da evolução mensal da demanda durante o corrente ano, se refletindo no fator de aproveitamento das aeronaves (“Load Factor” – LF), que apesar de ter apresentado oscilações se manteve em níveis bem mais elevados em 2010. Assim, no último meê de 2010, verificou-se uma ocupação média das aeronaves de 77,2%, com 3,4 pontos percentuais acima de 2009 (73,8%). Com relação ao fator de aproveitamento (LF) anual, as empresas aéreas brasileiras que operam voos internacionais apresentaram expressivo crescimento de 7,2 pontos percentuais na utilização das aeronaves, quando se compara o resultado de 2009 (69,2%) com a ocupação média de 2010 (76,4%).
O Snea avalia que, após superar a crise financeira mundial (2008/2009), a economia brasileira demonstrou bastante vigor em 2010 (PIB>7%), com a situação cambial favorável (real valorizado) às viagens ao exterior, o que conjugado com o crescimento da renda média do trabalhador brasileiro permitiu às nossas empresas aéreas alcançar um excelente resultado no mercado internacional.
Em termos comparativos, cabe salientar que, no Brasil, a demanda anual (RPK) cresceu quase 20,4%, enquanto de acordo com a Associação Latino Americana de Transporte Aéreo (ALTA), a taxa incremental da atividade setorial nesta região ficou em 11,3%. A ALTA anunciou ainda um aumento de 6,4% na oferta em assentos quilômetros disponíveis (ASK2) na região e os dados brasileiros publicados pela ANAC registram uma variação de 9% na comparação dos últimos dois anos (2010/2009). Finalmente, em 2010, o fator de aproveitamento (LF3) anual das aeronaves de empresas brasileiras atingiu 76,4% e a ocupação média anual (LF3) nos voos da região foi de 73,3%.
fonte:http://www.jornaldeturismo.com.br/noticias/aviacao/38521-aereas-brasileiras-levaram-235-bilhoes-de-passageiros-ao-exterior-em-2010-diz-snea.html
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