sábado, 27 de dezembro de 2014

Preços na praia até 67% mais altos nestas férias


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Um dos produtos mais pedidos na praia, o caranguejo sofreu aumento de até 12,4% nos estabelecimentos pesquisados
FOTO: JOSE LEOMAR
Mal começaram as férias e o consumidor que frequenta a Praia do Futuro já está arcando com preços mais salgados com alimentação e bebidas. Há barracas que ainda ofertam os produtos pelos mesmos valores de dezembro do ano passado e há até o caso do coco, que está levemente mais barato em um dos quatro estabelecimentos pesquisados pela reportagem. Boa parte dos itens, no entanto, já sofreu aumentos significativos.
A reportagem percorreu as barracas Crocobeach, Chico do Caranguejo, Vira Verão e Marulho para identificar os preços de alguns dos produtos que costumam ser os mais desejados pelo consumidor no dia 15 de dezembro de 2013. No último dia 16 deste mês, voltamos aos mesmos locais e foram constatadas elevações nos preços de alguns produtos de até 67,7%.
Esse é caso da caipirinha da barraca Crocobeach. Na pesquisa realizada em dezembro do ano passado, ela custava R$ 5,90. Já no levantamento realizado neste ano, foi verificado que a bebida era comercializada por R$ 9,90. Há produtos no estabelecimento, no entanto, que permanecem com os mesmos valores do ano passado, como o caranguejo e a isca de peixe (12 unidades).
Coco
O coco da barraca Marulho também foi um dos itens em que foi constatada grande variação de preços (33%) no período de um ano. Entretanto, outros produtos do estabelecimento apresentaram aumentos menores, enquanto outros, como a bolinha de peixe vendida no local, não teve elevação.
Caranguejo
Já o caranguejo sofreu aumento de até 12,4% nos quatro estabelecimentos pesquisados entre os dois períodos. A maior alta foi registrada no Chico do Caranguejo, que adquire os crustáceos vindos dos estados do Piauí e do Pará e repassa a cerca de 70% dos estabelecimentos que comercializam o produto em Fortaleza, segundo um dos proprietários, Liano Lourenço.
O empresário afirma que houve uma mudança no transporte do crustáceo há cerca de um ano, o que acabou impactando no aumento do preço final do produto, destinado ao consumidor. "Antes, eles saiam do barro (mangue), em cordas, e eram repassados diretamente para nós. Agora, eles são colocados em caixas, e isso envolve um custo maior com mão de obra", avalia Lourenço.
"Na verdade, a gente acumula, durante o ano inteiro, todos os aumentos dos fornecedores, principalmente produtos como peixes, caranguejo, cerveja, e chega uma hora em que você tem que repassar (ao consumidor. Você não pode a todo mês, a cada aumento, elaborar um novo cardápio, pois isso tem um custo que muitas vezes não vale a pena", afirma presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), Fátima Queiroz, sobre o motivo de as barracas preferirem aumentar os valores dos produtos entre outubro e dezembro.
300 vagas de emprego
Para atender à demanda do período na Praia do Futuro - quando as barracas recebem em média 200 mil clientes por semana, frente aos 120 mil da época de baixa estação -, há uma grande oferta de vagas de emprego temporário. Segundo a presidente da AEPF, as barracas ofertaram cerca de 600 vagas para reforçar o corpo de funcionários dos estabelecimentos desde outubro. Do total, ainda estão disponíveis aproximadamente 300.
dSupervisor de atendimento e auxiliar de garçons são alguns dos postos que tem maior carência de pessoas. Há ainda vagas para cozinheiro, garçom, barman, caixa, serviços gerais, entre outros. Quem deseja concorrer a uma das vagas "tem que ter pelo menos o ensino fundamental completo. O importante é que elas tenham, também, uma afinidade muito grande com máquinas e ter habilidade em servir, que é uma característica muito do cearense, de ser acolhedor. A técnica se aprende no dia a dia", afirma Fátima Queiroz.
"É importante que ele (o candidato) também tenha preparo físico para aguentar o sol e a areia nos pés durante o dia", acrescenta.

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